O Frei Wellington Porfirio, Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Conceição em Macabu (RJ), tem comovido as redes sociais nos últimos dias com um vídeo expressando seu amor à liturgia e dando um lindo exemplo de paternidade espiritual. Confira!

O religioso agostiniano descalço é deficiente visual devido a uma doença degenerativa de nascença, mas não deixa que as dificuldades tirem sua alegria ao viver a vocação sacerdotal.

Desta vez, ao receber a pergunta de um internauta sobre a necessidade de ter os coroinhas segurando o Missal Romano se ele não consegue enxergar, o sacerdote respondeu com um vídeo explicando os motivos por trás da escolha.

Confira o vídeo:

“Por que o padre cego tem um coroinha que segura o missal à sua frente se ele não enxerga?”, começa ele.

“Na verdade, eu preciso formar os coroinhas e os cerimoniários para uma vida de Igreja e uma vida de liturgia. Independente do padre enxergar ou não, eles precisam saber o que eles têm que fazer.”

“Não é para eles servirem a missa comigo, mas é para eles servirem a missa em qualquer lugar que eles forem. A minha preocupação é pedagógica. Eles seguram o missal, eles separam, eles marcam o missal para eles, e não para mim; é para que eles possam aprender e saber”.

Frei Wellington se utiliza do celular para acessar o missal digital e usa o fone de ouvido em alguns momentos da celebração para ser auxiliado de forma auditiva.

Além de ser conhecido por espalhar alegria por onde passa, Frei Wellington também gosta de compartilhar o que chama de “dia a dia de um padre cego” em suas redes sociais.

A deficiência visual e o sacerdócio

O Código de Direito Canônico de 1917, no cânon 984, proibia o exercício do ministério sacerdotal para portadores de deficiências, e era necessário o candidato passar por um exigente processo para conseguir uma dispensa para ser ordenado padre.

O atual Código de Direito Canônico (1.040ss.), por sua vez, excluiu qualquer restrição ou impedimento para homens que tenham alguma deficiência de exercer o ministério sacerdotal.

Rezemos pelas vocações!

Compartilhe esta postagem