Em 1927, arqueólogos encontraram no Egito um pequeno pedaço de papiro com uma oração muito especial. O fragmento remonta ao século III, e traz as palavras que milhares de católicos ainda rezam hoje:

“À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”

Essa oração é conhecida como “Sub tuum praesidium” – e é considerada a oração mais antiga dirigida à Virgem Maria que se conhece.

E o mais impressionante? Ela já invocava Maria como “Santa Mãe de Deus”, um título que a Igreja reconheceu oficialmente apenas mais de um século depois, no Concílio de Éfeso (ano 431).

Mas o que significa dizer que Maria é “Mãe de Deus”?

Pode parecer estranho à primeira vista, mas a explicação é simples: Maria não é mãe da divindade de Jesus, mas sim do Verbo encarnado, da Pessoa do Filho de Deus que se fez homem. E como a maternidade se refere à pessoa inteira e não apenas à natureza humana, a Igreja professa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.

Essa verdade de fé foi confirmada ao longo dos séculos por santos e doutores da Igreja. Santo Tomás de Aquino, por exemplo, afirmou que:

“A Bem-aventurada Virgem Maria está revestida de uma dignidade quase infinita, por causa do bem infinito que é o próprio Deus.”

E o Catecismo da Igreja Católica confirma:

“Aquele que ela concebeu como homem pelo Espírito Santo e que verdadeiramente se tornou seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai. Por isso, a Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.” (CIC §495)

Uma oração simples, uma verdade profunda

A oração “À vossa proteção” não é só bela e antiga. Ela carrega em poucas palavras a confiança dos primeiros cristãos na intercessão de Maria — especialmente em tempos de perseguição e perigo.

E hoje, séculos depois, ela continua sendo rezada com a mesma fé.

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