Onde vamos parar?
A França, que já foi um dos países mais católicos do mundo, parece cada dia se afastar mais da verdade de Cristo… Em especial durante a pandemia, com as igrejas sendo fechadas e os fiéis, impedidos de rezar e participar das celebrações.
Mas protestar para ter este direito de volta, também não pode? Pelo visto não para esta jornalista.
Sophie Durant, do portal Quotidien, cobria um protesto de dezenas de católicos em frente à Catedral de São Pedro, em Rennes, que pediam a volta das missas públicas no país. Mas ela foi “além” do seu papel de informante.
Valendo-se da proibição do governo à realização de missas, celebrações e o fato dos cristãos não poderem sequer rezar nas igrejas, ela atiça o policial, implicando que aquela atitude seria ilegal.
Também abordou manifestantes, como Geoffrey, um católico de 18 anos, dizendo: “Não é permitido rezar na rua”, ao que ele respondeu: “É uma manifestação e não uma oração pública”.
Todos protegidos, com máscaras e respeitando o distanciamento social, os católicos começaram a entoar o Pai Nosso e a Ave Maria.
“Sem intervenção da polícia…”, ironiza ela, durante a gravação da reportagem.
E ao ver que os católicos estão rezando o rosário, ela diz: “O que é legal, o que não é? Quando ultrapassamos o limite da reunião religiosa que lhe é proibida na via pública?”
E complementa, como testemunha de um crime: “Eles estão rezando!”
Ela então vai conversar com um comissário de polícia, indicando que eles estariam desobedecendo à lei: “Então a reivindicação é assim? Para mim, trata-se de cantos religiosos”. O policial, no entanto, responde “eu não vi as mãos postas…”.
Tudo na tentativa de fazer com que os católicos fossem punidos por serem… católicos lutando pelo seu direito e pela sua liberdade religiosa.
Repercussão negativa
Como era de se esperar, Sophie Durant foi duramente criticada pela parcialidade que mostrou na cobertura do ato, inclusive por outros jornalistas que brincaram, chamando-a de “auxiliar da polícia”, ou internautas se perguntando se ela faria o mesmo se ao invés de católicos, fossem muçulmanos.
Como resposta, Durant pediu desculpas aos “telespectadores da fé católica que podem ter ficado constrangidos ou magoados com este relatório”. Mas completou, dizendo que “nosso desejo era mostrar o absurdo da situação atual e não estigmatizar os católicos”.