Na noite de trajes típicos do Miss Universo 2025, realizada em Bangkok, a representante brasileira Maria Gabriela Lacerda, de 22 anos, transformou a passarela em um ato público de fé.

A miss escolheu representar Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil — não como um adorno cultural, mas como um testemunho vivo de devoção pessoal.

Neste palco, eu não visto apenas um traje: eu visto a história, a fé e a identidade de um povo”, escreveu nas redes sociais.

Mais do que beleza, sua apresentação ecoou a espiritualidade mariana que molda o imaginário religioso brasileiro há mais de 300 anos.

O traje e seu significado espiritual

Produzido pelo estilista Mário Cezar Silva, o traje típico foi minuciosamente inspirado nos elementos tradicionais da imagem de Aparecida:

  • Manto azul profundo, símbolo da realeza e da proteção materna de Maria
  • Detalhes dourados, evocando a glória do Céu
  • Coroa, referência ao título de Rainha e Padroeira do Brasil
  • Estrutura que remete ao manto original de 1717, encontrado por pescadores no Rio Paraíba do Sul

Segundo a organização do Miss Universe Brasil, o traje expressa “fé, proteção e devoção nacional”.

Uma devoção que inspira a missão

Maria Gabriela não esconde que sua escolha nasce da fé:

É a fé que me sustenta. É a minha essência que se revela.”

Católica e engajada em causas sociais — como embaixadora da instituição Mães da Sé — ela já havia declarado em entrevistas que sonha unir sua profissão à espiritualidade:

Quem sabe, um dia, ser repórter no Vaticano. Unir meu trabalho à minha fé”, disse à revista Caras.

Essa relação profunda com Maria Santíssima não é apenas estética: é vocacional.

O impacto na passarela

Diante de milhares de espectadores, a imagem mariana não apareceu como fantasia, mas como sinal de identidade espiritual, reconhecido imediatamente pelo público.

Mesmo não avançando ao Top 12, a brasileira ficou entre as 30 finalistas das 122 concorrentes — e conquistou repercussão mundial.

Para muitos, o gesto de fé da Miss Brasil lembrou que a devoção mariana é parte central da alma brasileira e continua sendo proclamada de formas novas no mundo contemporâneo.

A palavra do estilista

O criador do traje, Mário Cezar Silva, expressou a profundidade espiritual do projeto:

Quando Gabi falou sobre homenagear Nossa Senhora Aparecida, senti um arrepio. Não era um tema… era um chamado.

Ele contou que foram meses de trabalho manual, carregados de significado:

Cada detalhe feito à mão carregou algo que ia muito além da moda. Era arte, fé e identidade.
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