Izaura Garcia de Carvalho, de 65 anos, foi presa pela polícia civil do Rio de Janeiro na última quinta-feira (9), acusada de praticar estelionato ao aplicar um golpe milionário no padre Marcelo Rossi. Suas duas advogadas também foram presas.
Izaura acusou falsamente o padre de plagiar uma passagem do livro “Ágape” que falava sobre Madre Teresa de Calcutá. O livro, lançado em 2010, alcançou a marca de 10 milhões de cópias vendidas.
Dois anos depois, o padre e a editora foram notificados de que um trecho do livro pertencia a senhora Izaura Garcia de Carvalho. Em 2013, ela fez um acordo com a editora ganhou 25 mil reais. Porém, no ano passado, Izaura entrou com uma nova ação pedindo cerca de 51 milhões de reais de indenização. Na ocasião, a justiça determinou o recolhimento dos livros e a proibição de sua venda.
Entretanto, uma investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim), da Polícia Civil, mostrou que Izaura fraudou o registro do texto.
Entre os documentos apresentados por ela no processo está um certificado de Registro da Fundação Biblioteca Nacional, sob o número 100.928, livro 145, folhas 3, 4 e 5 indicando que o texto é de sua autoria. No entanto, a polícia não encontrou nenhum texto pertencente a Izaura na Biblioteca Nacional.
Inclusive, o número apresentado por ela refere-se à obra de Tatiana Cristina Medeiros dos Santos, escrita em agosto de 1995.
Segundo reportagem do G1, “Igor Calaça Martins, coordenador do escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, encaminhou à polícia um laudo mostrando várias fraudes no documento apresentado por Izaura”.
Padre Marcelo Rossi comentou o ocorrido dizendo que perdoa Izaura.