Neste sábado (19), o milagre do sangue de São Januário voltou a acontecer, desta vez, em plena pandemia da Covid-19! O primeiro prodígio do tipo foi registrado aproximadamente no século XIV, mas sem sempre acontece com frequência.
O cardeal e arcebispo de Nápoles, Crescenzio Sepe, comunicou o milagre na catedral praticamente vazia, por causa das medidas de restrição da pandemia. De acordo com ele, o sangue se liquefez perto das 10h (horário da Itália).
“Queridos amigos, queridos fiéis, uma vez mais, com alegria e emoção, lhes informo que o sangue de nosso santo mártir e patrono São Januário se liquefez”, disse ele.
Ele também acrescentou que o líquido se liquefez “completamente, sem nenhum coágulo”.
O que a liquefação do sangue de São Januário quer dizer?
O milagre é um “sinal do amor, da bondade e da misericórdia de Deus, e da proximidade, amizade e fraterniade do nosso São Januário”, afirmou o cardeal. “Glória a Deus e veneração ao nosso santo. Amém”, completou.
São Januário foi bispo da cidade de Nápoles no século III d.C. e acredita-se que ele foi martirizado durante as perseguições do imperador Diocleciano.
A liquefação do sangue costuma ocorrer pelo menos três vezes ao ano: na festa do santo (19 de setembro), no sábado anterior ao primeiro domingo de maio e no dia 16 de dezembro, que é o aniversário da erupção do Monte Vesúvio, que ocorreu em 1631.
Ainda que o milagre não seja reconhecido oficialmente pela Igreja Católica, é conhecido e aceito localmente. Considera-se um bom sinal para a cidade de Nápoles e sua região.
Sinal de esperança para a pandemia da Covid-19?
O milagre ocorreu neste ano enquanto Nápoles continua fechada por causa da pandemia da Covid-19, desde 2 de maio. O cardeal Sepe ofereceu uma missa transmitida online e abençoou a cidade com a relíquia do sangue.
“Inclusive nesta época de coronavírus, o Senhor, pela intercessão de São Januário, liquefez o sangue”, disse o cardeal.