A Polônia recentemente proibiu o aborto em diversos casos em que ainda eram permitidos, e então, uma onda de protestos vêm sacudindo o país… e as igrejas.
Muitos manifestantes (e em muitos casos, criminosos), usam o pretexto de “manifestação política” para vandalizar a Igreja Católica que é, desde sempre, totalmente a favor da vida.
Por isso, diante dos muitos ataques -que também estamos vendo em diversas partes do mundo, principalmente nos Estados Unidos e no Chile-, os cristãos precisam se levantar para defender o que acreditam, e literalmente, proteger o patrimônio de ambientes sagrados.
E tem se tornado comum vermos cenas de dezenas de católicos fazendo “barreiras humanas” para proteger igrejas durante protestos violentos.
Mais do que incentivados, os cristãos estão sendo exortados pela Conferência Episcopal da Polônia a lutarem com dignidade e respeito, mas sem abrir mão de defender a Igreja Católica dos protestos de radicais.
Confira o que diz o documento divulgado pelos bispos poloneses:
“Hoje, quando uma onda de protestos de rua se espalha pelo nosso país, o Papa Francisco dirigiu palavras importantes e significativas aos poloneses durante a Audiência Geral. Nelas fez referência a São João Paulo II, que “sempre apelou a um amor especial pelos fracos e indefesos e à proteção de toda a vida humana, desde a sua concepção até a sua morte natural”. Estas palavras fazem parte do constante apelo da Igreja por proteção, incluindo a proteção legal da vida de cada ser humano, incluindo os que ainda não nasceram, de acordo com o mandamento “Não matarás”.
O Papa Francisco pediu a Deus “que desperte no coração o respeito pela vida dos nossos irmãos, especialmente dos mais fracos e indefesos, e dê força a quem os acolhe e cuida”.
O mandamento do amor nos impõe o importante dever de cuidar, ajudar e proporcionar às mães e famílias que recebem e criam filhos doentes a proteção de que precisam. Agradecemos a todas as comunidades e instituições que o fazem há anos e pedimos às paróquias, movimentos católicos e outras organizações religiosas que empreendam iniciativas específicas para satisfazer aqueles que precisam e precisarão de ajuda, tanto individual quanto institucional. A Igreja sempre defenderá a vida e apoiará iniciativas que a protejam.
Observamos com grande dor a escalada da tensão e da agressão social. A linguagem vulgar usada por alguns dos manifestantes, a destruição de bens sociais, a devastação de igrejas, a profanação de lugares santos ou o impedimento da liturgia também são preocupantes.
Apelamos a todos para que participem de um diálogo social significativo, expressem suas opiniões sem recorrer à violência e respeitem a dignidade de cada ser humano. Pedimos aos políticos e a todos os participantes do debate social, neste momento dramático, que analisem profundamente as causas da situação e procurem soluções, no espírito da verdade e para o bem comum, sem explorar o que diz respeito à fé e a Igreja.
Agradecemos aos pastores e a todos os fiéis leigos que corajosamente defendem suas igrejas. Ninguém pode defender melhor a Igreja e os objetos sagrados do que a comunidade dos fiéis. Agradecemos também aos serviços de segurança. A Igreja deseja permanecer aberta a todas as pessoas, independentemente da sua filiação social e política.
Pedimos também a todos os crentes que jejuem, deem esmolas e rezem pela paz social, com a intenção de proteger a vida, acabar com a crise atual e dar fim à expansão da pandemia.
Abençoamos todos os nossos compatriotas.
Membros do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa”.