O estado do Amazonas vive atualmente uma grave crise de saúde por causa da pandemia da Covid-19. E neste momento de dificuldade, muita ajuda está chegando de diversas partes. Em meio às muitas doações e orações, o Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, aproveitou para fazer um agradecimento especial à contribuição do Papa Francisco.
“Nós ficamos muito surpresos e agradecidos pela solidariedade, existe muita solidariedade em Manaus, existe muita solidariedade no Amazonas, existe muita solidariedade no Brasil, existe muita solidariedade internacional”, disse Dom Leonardo.
O arcebispo conta que a situação é realmente ‘dramática’: “Nós estamos sem leitos nos hospitais, nós estamos sem leitos nas UTI, nós estamos com falta de oxigênio, apesar de se dizer que está suprida essa falta de oxigênio, nós temos no momento oxigênio, mas não temos ainda uma programação de ajuda de oxigênio”, explicou.
A ajuda do Papa Francisco
Dom Leonardo diz que em nome da “Arquidiocese de Manaus, mas também nos bispos do Regional Norte 1 da CNBB, os bispos de Roraima e do Amazonas, somos profundamente agradecidos ao Papa Francisco pela solidariedade dele. Esse amor paterno pela Amazônia, pelos povos da Amazônia”.
“Nós queremos agradecer ao Santo Padre por esse gesto de solidariedade, eu diria um gesto de consolo”, disse o bispo. “É uma maneira dele estar presente no meio de nós. E essa presença do Santo Padre nos ajuda, nos anima, para continuarmos no atendimento e na presença junto aos nossos irmãos que mais sofrem”, completou.
Na Audiência Geral do dia 20 de janeiro, o Papa Francisco afirmou: “Nestes dias a minha oração é por quantos sofrem com a pandemia, de modo especial em Manaus, no norte do Brasil. Que o Pai das Misericórdias lhes sustente neste momento difícil. Lhes abençoo de coração!”
Junto com a mensagem e as orações, o Santo Padre também enviou uma doação em dinheiro para as dioceses e prelazias que formam o Regional Norte 1 da CNBB. Dom Leonardo disse que “nesse momento da segunda onda da pandemia, ele está se fazendo presente pela oração, mas também com doação para adquirirmos oxigênio e também podermos atender melhor aos nossos irmãos que vivem nas nossas ruas e os nossos migrantes”.
O arcebispo ressaltou que além do gesto do Papa, são muito importantes os “pequenos gestos” das pessoas, dos fiéis que também desejam ajudar neste difícil momento. “A lista de pessoas na espera para ser internadas é grande, e também é grande a lista de pessoas para serem transportadas para outros estados”.